Osvaldo de Souza Freires
(baxola, osvaldinho, quarentinha etc)
14/12/1944 …
Sociólogo.
Morador de Santos-SP desde 1989.
Viúvo/Aposentado, pai de duas filhas lindas, Carol e Flávia, e dois netos, filhos da Flavia.
Petista de primeira hora. Fundador do Diretório do PT na Bela Vista/SP.
Diretor social do Clube do Choro de Santos por mais de dez anos.
Frequentador contumaz do Boteco Diferente, em Santos, nas quintas-feiras, com os amigos Ademir, José Luiz, Otavio e Toni.
O que me lembro:
Primeiro, não tenho certeza do momento em que realmente nos conhecemos. Parece que foi na casa da dona Eunice.
Lembro-me de quando mudamos para a Baixada do Glicério. Do ato, não da data. Você, eu, Toninho, Toninho Bengalinha e Edi.
Da Baixada, lembro-me de duas situações protagonizadas por sua pessoa e que foram muito marcantes para mim. Primeiro, a extrema capacidade de acordar ligado em 220v. Era como se o dia já estivesse rolando há algum tempo. Segundo, quando da morte de uma das meninas do paredão ao se jogar ou ter sido jogada, não ficamos sabendo, do apartamento do Edifício Bahia e você fez um poema que expressava não só a dor daquele momento, mas a dor do dia a dia daquela e das demais meninas do paredão.
Lembro-me das dificuldades financeiras que passávamos, comendo basicamente arroz, ovo e batatinha, até porque não sabíamos fazer outra coisa.
Ficamos um bom tempo sem a convivência diária. Não sei por quanto tempo. O retorno foi quando o Toninho me convidou para tomar conta da gestão dos seus negócios. Isto foi no final de 1973, no escritório da 907 Promoções Artísticas, na Av. Brigadeiro Luiz Antônio.
Daí para a frente até meados de 1979 passamos a ter uma convivência diária. Primeiro na 907 e depois, já como sócios na ALA e empresários de alguns artistas como o Antonio Borba, Brasil Samba Show, Fernando Lona, Bando de Macambira, Tetê da Bahia, Dave MacLean e outros que já não lembro, até o infeliz acidente com o Juca e o Lona.
Após o acidente, resolvi procurar outra alternativa de trabalho, já que empresariar artistas me trouxe muita tristeza. O episódio Lindomar Castilho faltando ao show na feira de Londrina foi a gota d’água. Primeiro, trabalhando na APEOESP para a retomada da condução política da instituição por professores vanguardistas, o que foi muito gratificante.
Acabei no segundo semestre de 1979 indo fazer uma pós graduação na UNICAMP em gestão econômico-financeira de micro e pequenas empresas, que em 1981 me garantiu o trabalho na Secretaria do Planejamento do governo Montoro, depois FIESP e por último SEBRAE, onde me aposentei em 2010.
Posso dizer que no geral nossa convivência foi de alegria e compartilhamento e porque não dizer felicidade, mesmo diante das agruras financeiras.
Minha expectativa com o cenário nacional e mundial é de profunda tristeza. Cresce pelo planeta o sectarismo da direita recalcitrante, que quer enterrar a qualquer custo os valores democráticos e civilizatórios conquistados.