Em 1980, eu trabalhava na Gravações Elétricas S/A – Discos Continental, como gerente do selo infantil DISQUINHO. Um dia, o diretor Moacyr Machado me pediu para encontrar o Genildo Fonseca e lhe fazer um convite de trabalho. Eu não conhecia o Genildo, mas ele me falou: “É fácil. Ele parece um anjo querubim, com cabelos encaracolados!”
Fui até um teatro no centro de São Paulo (não me lembro o nome) e encontrei e conheci o Genildo. Dei o recado do Moacyr e, logo depois o Genildo estava trabalhando na Continental, assessorando o cast da gravadora na área de shows e desenvolvendo projetos especiais.
Começava aí nossa amizade. Lembro nessa época de ter ajudado na divulgação da peça infantil “Cegonha Boa de Bico”, de sua esposa Marilu Alvarez, na produção de milhares de filipetas.
Em 1990, eu trabalhava no Anhembi – São Paulo e Turismo, como gerente comercial, e a diretoria estava procurando um profissional para cuidar da programação geral. Ou seja, estava procurando o Genildo! Falei dele e após aprovação, fiz contato, novamente, com o Genildo. Ele estava trabalhando na Hípica e não via a hora de sair de lá! O Genildo veio para o Anhembi e, com toda sua competência e profissionalismo, desenvolveu um excelente trabalho.
Uma das passagens que lembro é que nessa época havia o projeto do Sambódromo. Só que tinha um acampamento de ciganos por onde passaria a pista! Eles estavam lá há muito tempo e ninguém achava uma solução de como retirá-los de lá. Um dia eu e o Genildo fomos até o acampamento, conversamos com eles e acertamos a saída dos ciganos de forma amigável!
Quando saí do Anhembi, criei minha empresa, SP Video, e aí foi a vez de dar emprego para o filho do Genildo, Alexandre. Um dia, o Alexandre me falou que não poderia vir trabalhar no dia seguinte, porque um parente (tio) estava muito doente e ele iria visitá-lo. Concordei com a falta. Só que no dia seguinte, na primeira página dos jornais, estava uma matéria de um protesto de skatistas contra o prefeito Jânio Quadros. E quem estava na foto? Sim, o Alexandre! Perguntei para ele como estava o tio e ele, choroso, disse que o parente iria se recuperar… Mostrei-lhe a foto do jornal e, no final, acabamos rindo!
Sempre pude contar com o Genildo! Desde o palhaço Rabanete para o aniversário da minha filha até a total assessoria para o lançamento do personagem Tio Brasil, da finada TransBrasil, no Shopping Eldorado. Isso para ficar apenas em 2 exemplos.
No período de 2019 a 2021, fui presidente voluntário de uma ONG – Instituto Heleninha –, que realiza o trajeto (casa – hospital – casa) de crianças e adolescentes em tratamento do câncer, na cidade de São Paulo. O Genildo ajudou muito a instituição, participando de eventos, sendo doador, divulgando a causa.
Nesses mais de 40 anos que eu o conheço, só aumenta minha admiração por ele. O Genildo é uma pessoa extremamente generosa, amável, “do bem”! Nunca o vi levantar a voz, se alterar. Sempre de bom humor, não importando a ocasião. Ótimo ouvinte e muito inteligente. Além de excelente profissional!
Enfim, o Moacyr Machado estava certo, quando me pediu para encontrar o Genildo, em 1980: era e é um anjo!
Viva Genildo!